segunda-feira, 2 de setembro de 2013

você me olha como se eu fosse
um alien
obcecado pelos seus pés
(minhas mãos em brasa não despertam o mínimo de compaixão)

você me ouve num silêncio estridente
enquanto imploro cada acorde mudo da sua voz
(às vezes levo até quinze dias para decifrar a cor da sua voz)

às vezes você me olha como se eu fosse um arame
um balde cheio de água da torneira da rua
um poste na esquina dessa mesma rua

Nenhum comentário: