O escritor vive de migalhas
Ciscando espantos em ruas tumultuadas
Feito um pombo da praça Rocha Pombo
Entre putas pés vendedores de vassouras
-Olha a vassoura e alho!
O escritor se aventura
Exposto
Busca refúgio em pânico
Às vezes teme ser pisoteado
Atropelado quem sabe por um ciclista?
Na cabeça tomar a pedrada certeira da criança?
O escritor vive de migalhas alheias
Alheio ao que não constrange nem perturba
Um pouco só
Mais triste que um pombo da praça Rocha Pombo
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