quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tobias dos Santos Santos

Covardes
Sinto
-ah se sinto
O calafrio no pé da nuca?
Não sou idiota
Não eu
Eu?
HAHAHA
-idiota nunca não
Sei que tão querendo me matar
No começo até ficava assustado
Com um tempo de polícia nascem culhões que ninguém prevê onde
Deixa só
Como se nada
De noite quem teme é meu salmo bíblico em corpo humano
Cada dia novo susto agarrada em mim
Preocupada mais com a minha morte
Que com a minha vida
Depois do café ela tão meiga
Passa a manteiga beija me benze
Deus na minha testa pelo indicador macio dela
Que o nosso Senhor esteja sempre
Tudo naquela voz desconcerta
Regressam os homens à Igreja
Desistem das guerras e mortes
Em silêncio o teu lado ruim desaparece
Pra onde?
Covardes
Ninguém faz isso à minha cotovia
Carta de ameaça com sangue de galinha?
Azar o deles porque com ela longe de mim
No Borba Gato na casa dos pais
Já tô ouvindo aqui de novo ó
Como eles gritam
Sempre desse lado tá vendo?
HAHAHA
Minha mão Gordão me controla
Se fico dois meses sem dar pipoco em malandro
Tremendo não para quieta
Nunca tomei gota de álcool
Cigarro faz mal pra saúde
Maconha tô fora
Meu único vício
-só falar nisso olha que delícia eles ficam loucos gritando
Mexeram com o infeliz errado
Meu único vício
-e não é gostoso escutar o coral agudo de anjos desconhecidos dentro de você?
Gosto de primeiro quebrar as unhas
Rir a deformação da coragem
Rir dos gritinhos de perdão me deixa ir por favor me deixa vivo
Dá uma coisa boa
Dizer na cara deles é o Magrela
Enquanto se debatem apavorados rangendo dentes
É o capitão Tobias dos Santos Santos
Que o inferno seja tua morada
Ser o último segundo de um filho da puta agonizando
Ó como treme a mão Gordão

2 comentários:

Anônimo disse...

Após ler seu conto passado, pensei que tivesse dando um tempo com as coisas "boas e sujas! Hahaha, por sorte não!

Solano disse...

Muito bom!!!