Vendo essas fotos antigas não
entendo por que
A gente não deu certo se fomos
felizes?
Ficamos bêbados quantas vezes no
Democrático viajamos para Minas
Gerais onde você me apresentou
seus tios avó sobrinhos padrasto
Menos seu pai que tanto queria infelizmente
Mas morto nas imagens não há um
momento em que você não me aperta contra
O seu rosto enquanto esboça um
sorriso
Temendo que minha língua engula
de novo seu pescoço
Deixando marcas no meio da
calçada na frente dos turistas da igreja
-você apontando para uma série de
manchas negras em seu corpo
Rimos tanto de piadas nas
madrugadas vimos filmes por que
A gente não deu certo se fomos
felizes?
Não foram intensos todos aqueles
momentos? forte
Te abraçando contra a parede
sussurrando entre o vendedor de
Chicletes e uma velha de blusa
vermelha eu quero tanto agora tirar a
Sua roupa lamber seus peitos
bunda buceta
Deitados na cama em descanso do
nada você me olhando
Caçar os versos de uma antiga
edição do Gullar
(você sempre me olhava muda mas me
olhava no fundo na alma)
E voltava ao seu lado para ler
dois três poemas
Antes de tudo recomeçar bebíamos
uns goles de cervejas que nunca acabavam
Não dava para encarar vinho
naquele calor
Aprendi com o tempo a desconfiar
do seu perfume
Compreendi que no fim a paixão
não passa de um surto
Incontrolável é preciso evitá-la
-na pior das hipóteses dosá-la
Curar os sintomas com cuidado
Gota a gota
Pode demorar um pouco
Mas chega mas passa
Igual a tudo na vida
Até esquecer
-de uma vez por todas
O número
Do telefone
Da casa dela
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
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